Tuesday, April 10, 2007

Uma porta aberta

noooosssa faz muito tempo q nao posto nada aki
entao, vou publicar hj um dos primeiros textos q escrevi
reparem como eu era macabro nessa epoca. hj eu num to mais assim nao viu hehehehe


Uma porta aberta

Apesar das dificuldades ele era infeliz, morava numa casa humilde de um bairro pobre de uma cidade grande.
Morava com sua família: seu pai já velhinho e muito doente depois de três derrames não saia da cama, sua mãe era uns dois anos mais nova que seu pai, mas, ao contrário deste vendia saúde, sua irmã mais nova de vinte anos era a moça mais bonita da vizinhança e sua filhinha recém-nascida com apenas alguns meses de vida alegrava o lar.
Ele não morava com a mãe da criança, já que esta morrera para dar a luz ao bebê.
Hoje ele está com trinta e cinco anos e sustenta a casa já que sua irmã ainda não conseguiu arrumar um emprego.
Em mais um rotineiro dia de serviço ele sai logo cedo para trabalhar na transportadora.
Ao sair sua mãe o adverte para ele fechar a porta da frente, mas, a esta altura ele já estava na calçada e não ouvira o pedido da mãe.
Todo dia quando sai para trabalhar ele sempre deixa a porta da frente destrancada, nunca ligou para este detalhe e sempre achou que era exagero por parte de sua mãe.
Quando chega na calçada ele avista o vizinho, um homem magro, estranho, de poucas palavras e comportamento nada normal.
O vizinho se mudara para o bairro há duas semanas e até agora nunca fizera o trabalho de querer se enturmar com a vizinhança.
Ele passa pelo homem e lhe deseja bom dia, o homem de dentro do seu portão o encara com expressão de medo e nada lhe responde.
Ao pegar o ônibus ele pensa que seu vizinho talvez fosse retardado.
Aquele fora um dos piores dias de serviço na transportadora, às 6h da tarde ele chega exausto em casa.
Abre o portão vermelho e se dirigi para a porta da frente, ele procura a chave, mas, ao por a mão na maçaneta percebe que esta estava aberta.
Talvez fosse um descuido de sua mãe ou quem sabe, ela abrira a porta agora.
Ele entra em casa e chama pela mãe, dizendo que já chegara não obtendo resposta ele não liga e vai para o quarto dos pais, para ver como está seu velho. Esta é a primeira tarefa que faz todo dia quando chega em casa.
Ele entra no quarto e percebe que o ventilador de cabeceira está desligado o quarto está totalmente escuro, ele abre as janelas para poder ver seu pai.
Quando a claridade do sol de fim de tarde invade o quarto, ele toma um susto seu pai está deitado na cama, coberto até a cabeça e o que mais lhe apavora é que um travesseiro estava em cima de seu rosto.
Ele corre imediatamente para a cabeceira da cama, retira o travesseiro e a coberta, logo depois ele pega o pulso de seu pai e constata: ele estava morto.
Sai correndo do quarto, na sala ele tropeça no sofá e cai no chão, começa a chamar pela mãe, mas, nada se ouve. Ele se levanta apoiando-se no braço do sofá que há pouco o derrubara e abre de supetão a porta do quarto onde ele, sua irmã e sua filha dormem.
A cena que vê é ainda mais trágica, sua irmã está nua encima da cama, com as mãos amarradas para trás e numa posição muito vulnerável.
Ele se joga ao corpo da irmã, desamarra seus braços e só agora percebe que seu pescoço estava quebrado. Ele chora ao pé da cama vendo a imagem da irmã morta, num lapso lembra-se da filha, se levanta e corre em direção ao berço.
Ao chegar lá um calafrio corre por sua espinha, sua filhinha não estava dentro do berço.
Sai do quarto e vai para o banheiro, lá nada encontra, depois passa pela cozinha ainda gritando pela mãe desesperadamente, ele chega nos fundos da casa e vai para o tanque.
Lá encontra a mãe caída no chão, ele se agacha e levanta a velha, ainda esperando um sinal de vida, mas ao ver o profundo corte no topo da cabeça de sua genitora (sem falar no sangue que jorrava do crânio) ele começa a berrar.
Sai do tanque berrando e chorando igual sua filhinha, ao parar, ele ouve um chorinho que vinha da horta, no mesmo instante uma luz de esperança se acende em sua mente e aos tropeços ele abre a cerquinha da horta.
Na horta ele foi pisoteando sem olhar para baixo, nos tomates, alfaces e cenouras que sua falecida mãe cultivava. Quanto mais andava mais o choro ficava forte.
Foi até que chegou nos fundos da horta e o que viu lhe deixou mais atônito do que os corpos dos integrantes de sua família.
Era o seu vizinho estranho que agora chorava incessantemente, em seus braços estava a filhinha desaparecida.
De súbito, ele toma a filha dos braços do homem e sorri ao ver que ela estava viva e nada sofrera, ele coloca a filha em segurança dentro de uma bacia que estava jogada ao seu lado, pegou uma enxada e viu que sua ponta estava suja de sangue e não pensou duas vezes.
Ergueu a enxada na altura da cabeça e golpeou-a contra a cabeça do vizinho, deu mais sete golpes só que no terceiro o homem já estava morto.
Muito sangue jorrara da cabeça do infeliz, a cada golpe da enxada, deixando-o todo sujo com um maldito sangue.
Ele pegou a filhinha e a abraçou-a junto ao peito, depois de um banho gelado ele decidiu não chamar a polícia e fugir, já que com certeza eles iriam pensar que fora ele o responsável pela morte de sua família e do vizinho, somente este último ele matara.
Saiu de casa, trancou as portas e o portão e foi a pé com a filha nos braços para a casa dos ex-sogros.
Ao chegar lá depois de uma hora de caminhada, ele pede para que os avós maternos da menina ficassem aquela noite com ela e que amanhã ele iria pegá-la.
A saudade que tinham de sua neta era tão grande que o casal não recusara a oferta e pegaram a filha de sua falecida filha.
Depois da casa dos ex-sogros ele pega um ônibus e vai para o centro da cidade.
Lá ele entra num prédio que pertencia a uma empresa de refrigerantes, entra no elevador e vai para a cobertura.
Ao avistar os carros passando lá embaixo na rua ele fica com um nó de dúvida na garganta, mas, depois ele lembra que sua filha estava em boas mãos com os avós maternos e que sua vida seria feliz.
Olhou mais uma vez para baixo e não teve dúvida, saltou, durante o curto trajeto de dez segundos do topo do prédio até o chão ele pensou que logo estaria com sua adorada família e que sua filha estava protegida.
Quando tocou o asfalto seu cérebro se espatifou e sua massa encefálica se espalhara pela calçada, acompanhada de muito sangue.
Dois dias depois a polícia prendeu um homem que arrependido da monstruosidade que cometera, confessou ser o assassino da família Souza e disse que só não matou o bebê porque um homem magro e estranho o havia impedido.
O país inteiro se chocou com este caso. O assassino fora condenado há 30 anos em regime fechado, mas, como ele tinha curso superior ele fora preso numa cela individual para a decepção dos outros presos que gostariam de fazer com ele o que ele fizera à família Souza.
Pequenos detalhes podem mudar tragicamente a vida das pessoas.
Um detalhe ele não notara antes de se espatifar no chão: que ele, sua família e seu vizinho poderiam estar vivos agora, caso, ele não tivesse deixado a porta aberta.

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Noussaaa ta vendo porque ue tinha medo de você???
macabro é apelido, nééé???
BJuuu

1:35 PM  
Blogger Thaluthien said...

Caraca!! Você era mesmo dark, apesar de já ter lido coisas mais darks suas..hehe
Boa história, realmente não prestamos atenção aos detalhes mais importantes..
Bjos!!

9:56 AM  

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