Friday, May 11, 2007

Quem sou Eu?

Uma caixa de idéias desconvencionais, um acervo de bobagens tradicionais, esse sou eu. Um alguém preocupado com as lamúrias do povo, um ninguém desconsolado pelas agonias do novo.
O povo é burro!
Paro para pensar, pôr as idéias para funcionar, mas, às vezes nada consigo. Talvez devido aos momentos de inspiração ou decepção.
Acredito nas pessoas e nas coisas boas da vida, porém, vejo somente exposições daquilo de mais cruel que temos dentro de nós, um serviço sujo que consome e fere os corações com mágoa e ódio.
O emprego enobrece o homem, o dinheiro apodrece e some. Por isso tento exercer a profissão que mais me agrada: a de louco lúcido. Não tenho planos de riqueza, todos os ricos que conheço se matam ou são mortos.
Morrer todo mundo vai, nem preciso falar, mas quanto mais eu puder adiar essa viagem, melhor.
Não tenho medo da morte!
Só não quero morrer antes de ter completado minhas missões aqui, antes de ter semeado a humanidade com minhas idéias e histórias. Já que tudo na vida se acaba, menos as idéias quando se tornam eternas.
Sou apenas mais um, um elo singelo da gigantesca corrente, porém, tão complexo e transléxico quanto um universo paralelo.
A vida é feita de dualidades, dois caminhos a se seguir. Eu prefiro ir um pouco pelos dois, caminhar por somente um torna-se cansativo e banal.
Não quero ser lembrado como um sujeito normal!
Aliás, normal ninguém o é. Temos de todos um pouco, tudo com o tempo vai moldando nosso perfil pessoal. Cheio de nada.
Acredito no amor, na dor, no pavor, no humor que com louvor enriquece-nos a essência, transformando-nos no que somos.
Acredito no que quero e quando quero acreditar. Num átimo mudo todas as teorias, todas as máximas que um dia fiz questão de usar, abandono.
Sou bom e ruim, doce e amargo, forte e fraco. Penso antes de escrever, apesar de minha escrita aparecer sem pensar.
E quando perguntado quem sou, respondo:
Meu amigo sou apenas um Luar ao contrário, seguindo seu caminho nas estradas da História e da Escória. Agoniado com os sonhos que não acontecem e com as verdades que empalidecem.